quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Funcionários dos Correios em greve por tempo indeterminado

Os Correios apresentaram nesta quarta-feira (16), uma nova proposta para os representantes dos funcionários, que entraram em greve. Segundo o coordenador do comando de greve da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios), Emerson Vasconcelos da Silva, a proposta, que vale para dois anos, inclui um reajuste salarial de 9%, retroativo a agosto.

Além disso, a oferta inclui aumento linear de R$ 100, e elevações neste ano e em 2010 no vale-refeição e no vale-cesta. Também haverá aumento, de acordo com Silva, no reembolso-creche e no auxílio-dependente.

Segundo ele, a proposta será discutida pelo comando de greve nesta noite, e será encaminhada aos sindicatos para que seja votada pelos funcionários na quinta-feira.

Para o diretor da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) Pedro Magalhães, a reunião foi boa e a proposta deve ser aprovada pelos trabalhadores. "A aceitação à proposta foi boa e nós acreditamos que ela será aprovada", disse.

A pauta da Fentect reivindica, entre outros itens, aumento salarial de 41% (que seria para recompor perdas salariais históricas), aumento linear de R$ 300 em todos os holerites, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e contratação de mais servidores via concurso.

Segundo estudo da ECT, porém, se as reivindicações dos trabalhadores em greve fossem atendidas, o custo para a empresa seria de cerca de R$ 54 bilhões por ano, valor quase cinco vezes maior que a receita anual da estatal.

Paralisação

De acordo com os Correios, 28 dos 35 sindicatos aderiram ao movimento, mas apenas 8% dos empregados em todo o Brasil --cerca de 8.700 dos 109 mil funcionários da companhia-- paralisaram as atividades.

Já a Fentect afirmou que 33 sindicatos aderiram ao movimento, restando Uberaba (MG) e o Estado de Roraima decidirem se participam da greve. A estimativa de Silva, um dos coordenadores do comando de negociação, era de que cerca de 70% dos trabalhadores estivessem em greve.

Se a proposta for aprovada pelos funcionários nas assembleias desta quinta, os trabalhadores voltam ao serviço à meia-noite de sexta-feira. Caso ela seja rejeitada, a greve continua e haverá uma nova rodada de negociações.
Reivindicações

Os funcionários reivindicam uma reposição salarial de 41,03%, que corresponde a perdas ocorridas desde agosto de 1994. Também reivindicam um aumento linear de R$ 300 no piso salarial da categoria, que é de R$ 640.

Segundo o coordenador do Comando de Negociação da Fentect, Emerson Vasconcelos da Silva, a proposta dos funcionários foi apresentada aos Correios em 30 de julho, e a empresa, segundo ele, apresentou uma contraproposta de reajuste de 4,5%, que foi rejeitada pela categoria.
Fontes: Folha Online - PSOL SP

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